Archive for the Curiosidades Category

Fazendo um display para Conchas

Posted in Coleção de conchas, Curiosidades with tags , on 24 d e junho d e 2017 by aidobonsai

Aqui publico as fotografias das etapas de criação e produção de como eu faço alguns displays para guardar a minha coleção de conchas.

1- Material: Placa preta de EVA, régua de aço, faca olfa, fita dupla face, tesoura muito afiada, régua de gabarito quadrada, papelão rígido e feltro preto.

2- Primeiro eu pego um papelão e corto do tamanho da gaveta onde vou guardar as conchas.  Eu cubro o papelão com feltro negro usando fita dupla face, criando uma base para aplicar as divisões para as conchas de diversos tamanhos.

3- Passo fita dupla em um dos lados da placa de EVA para cortar.

4- Aqui cortei tiras de meio centímetro. Essa gaveta é para guardar conchas que tem de tamanho de 6 milímetros à 3 centímetros.

5- Começo a colar as tiras da borda para dentro, e vou escolhendo as distâncias dependendo do tamanho das conchas que vou encaixar.

6- Vou montando os espaços.

7- Aqui a placa já pronta para encaixar na gaveta. Essa arrumação permite que depois de fotografar, você possa catalogar todas as conchas no computador. Você pode numerar a borda das casas e relacionar todos os números em uma lista no seu computador.  Se você for colocar uma placa de catalogação completa, escrita ao lado das conchas deste tamanho, você teria que ter de 8 à 12 gavetas, para essa mesma quantidade de espécies.

Aqui a criação de uma placa única com 6 divisões apenas.

1- Começo desenhando com caneta os cortes que quero fazer na placa de EVA.2- Depois de cortado, coloco fita dupla na parte que será colada na placa de feltro negro. Passo fita dupla em todas as partes da placa.

3- Aqui a placa já colada com as conchas posicionadas. Aqui também conchas com o tamanho máximo de 3cm.

4- Aqui a placa dentro da gaveta de metal, que possui 5cm de altura. Ela é uma das gavetas de um móvel que comprei em 1989 na Tok Stok. Cada módulo vem com 6 gavetas, eu comprei na época 10 módulos somando 60 gavetas, apenas para guardar conchas de pequeno porte.

5- Nas fotos algumas gavetas em que eu fiz o display com papel cartão pesado, pintado de preto, acompanhando a cor do feltro, desta forma a concha se destaca bem do fundo.

OBS: As conchas da foto expostas à luz apenas ficam nessa situação quando recebo amigos, biólogos e outros colecionadores. As conchas ficam sempre totalmente cobertas, pois a luz e o sol afetam a pigmentação das conchas.

Aqui outra opção: uma gaveta com as placas de EVA cortadas com espaço para colar a classificação dos gastrópodes.

6- Agora a criação de um display para conchas menores ainda. As conchas aqui vão ter de 2 mílímtros à 6 mílímetros apenas. Para esse tamanho, temos que usar o feltro de fundo, para não permitir que as conchas se movam quando a gaveta é aberta.  Esse display permite guardar em uma única gaveta 500 conchas.

7- Você pode também, além do EVA com feltro, valorizar conchas raras usando tampas de produtos diversos. Eu corto o feltro do tamanho do fundo da tampa, isso faz com que a concha não deslize e fique bem segura.

Nesse a seguir acima usei tampa de Guaravitom, caixa de bombom da cacau show e tampa acrílica de mousse vendida em loja de embalagens.

Eu faço no Corel Draw a planta baixa, geométrica da caixa, e numero cada compartimento, assim você pode catalogar cada gaveta economizando 90% de espaço. Se você for colocar uma etiqueta completa de classificação ao lado de cada espécie diferente, você precisaria de 6 gavetas para catalogar 50 conchas, desta forma uma gaveta pode conter até 70 conchas de 3 centímetros, de forma bem destacada. Vou esta semana acrecentar aqui a planta baixa desta gaveta.

8- Aqui um display onde eu colo tampas iguais de Coca Cola com cola quente ou Tek Bond na placa de papelão, e depois eu pinto tudo com colorj Jet negro brilhante. Depois eu corto feltro negro e coloco no fundo de cada tampinha.

Entre na galeria e veja todas as fotos:

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A Arte de Keira Rathbone

Posted in Arte - Pintura e Desenho, Curiosidades with tags , , on 22 d e julho d e 2013 by aidobonsai

Mais um artista que merece destaque pela criatividade e pelo resultado do seu trabalho.

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Keira Rathbone mora no oeste de  Londres, ela cresceu em Dorset e estudou Belas Artes na UWE em Bristol. Ao longo dos últimos dez anos Keira desenvolveu uma reputação de longo alcance com seus experimentos com desenho e pintura, usando máquinas de escrever.

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Keira captura momentos, personagens, paisagens com sua máquina de escrever manual.  Usando as tipos da máquina e diferentes intensidades, ela consegue passar para o papel imagens com uma riqueza de detalhes e luminosidade incrível.

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A maioria dos typictions de Keira são capturas de momentos da vida, seja ele um olho close-up, rostos, uma ponte no cais, ou outras estruturas da vida ao seu redor. A digitação no meio da rua, vista ao vivo pelas pessoas de Londres, transforma o que ela faz em uma forma de arte performática, atraindo a atenção de curiosos transeuntes de todas as idades.

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A Londrina Keira Rathbone é uma artista que usa a boa e velha máquina de escrever  para criar sua arte. Keira diz que tem um fetiche enorme por máquinas de escrever , e é extremamente ciumenta da sua coleção máquinas de escrever antigas.

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Entre na galeria e veja mais trabalhos de Keira Rethbone:

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Brincando com proporção 2

Posted in Brincando com proporção, Curiosidades with tags , on 29 d e junho d e 2013 by aidobonsai

Aqui uma galeria com fotografias de minaituras da empresa Macfarlane e Neca Toys, tiradas nos meus trabalhos com Penjing e Bonsai. Sempre gostei das figuras da Macfarlane pela sua riqueza de detalhes e perfeita proporção e pintura.

Leia a matéria, com a música que é o som ambiente do meu espaço há 22 anos. “Cantos Naturais”

Foto tirada no Penjing  “O caminho do templo”   Floresta de Eugenias sprenguelli

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A Batalha.  Foto tirada em Floresta de Ficus Benjamina.

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Emboscada.   Penjing com Pithecolobium torthum e pedra modelada em concreto celular.

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Foto tirada em floresta de Ficus.

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Só pode haver um.   Penjing modelado em concreto celular. Ao fundo bonsai com 30 cm de altura de Pithecolobium thortum.

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Foto tirada em Floresta de Ficus benjamina.

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Floresta de Eugênias.  ” A caçada”

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Vlad o  Impalador.   Floresta de Ficus sprengueli

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O Grande Kan.    Floresta de Aspargus

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Entre na galeria e veja mais 40 fotografias:

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Entrevista com o fotógrafo Kim Keever

Posted in Bonsai - Matérias especiais, Curiosidades, Fotografia - Galerias with tags , , on 17 d e junho d e 2013 by aidobonsai

E com prazer que publico aqui no blog uma entrevista exclusiva para o Aido Bonsai com um dos maiores fotógrafos do momento: Kim Keever, ele cria paisagens e figuras abstratas em um aquário de 200 litros em seu estúdio localizado em New York.

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Kim Keever este mês tem várias exposições marcadas em New York entre elas na Waterhouse e Dodd Gallery .

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De tempos em tempos, acho alguma arte plástica ou fotográfica diferenciada que serve como inspiração para os meus trabalhos com Bonsai, Penjing ou Yose Ue (florestas).

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1- Kim, onde você nasceu?

Eu nasci em New York City. Como eu gosto de brincar, “meus pais estavam apenas de passagem”. Eles viviam em New Jersey, mas mudaram-se para Quinby, Virginia, logo depois que eu nasci.

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2- Quando começou sua paixão por fotografia? Você sempre trabalhou nessa área?

Eu era um pintor durante muitos anos antes de ficar entediado e sentia que não poderia acrescentar muito à história da arte como pintor. Eu comecei a fazer modelos e fotografá-los sobre uma mesa. Eu não era capaz de dar muita “atmosfera”, mas, eventualmente, me dei conta de que colocando tinta em água eu poderia conseguir céus muito mais espetaculares e uma perspectiva mais interessante.

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3- Como surgiu a idéia de fazer fotografias de paisagem, utilizando o tanque de água/aquário?

Quando eu era jovem, vivíamos em uma área muito rural. Tínhamos uma vaca de leite, que era mais de um animal de estimação, porque não dava leite. Por essa razão, o meu pai comprava o leite em lata e eu gostava de vê-lo colocando em um copo meio cheio de água. Havia magia nas nuvens que se formavam. Eventualmente fui levado para o aquário. Quando você adiciona isso ao meu amor pela paisagem …. É como se fosse uma parte da minha alma. Apesar de eu morar em uma cidade grande, o campo sempre será uma parte de mim. Eu saio para o campo tão frequentemente quanto eu posso e sempre gostei de programas de natureza na TV.

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4- Qual é a maior dificuldade na hora de tirar a fotografia? Notei que você lida com vários elementos simultaneamente.

Eu costumava trabalhar com uma câmera de filme 4×5 . Ela era muito lenta e eu perdi muitas fotos. Agora eu tenho uma câmera Hasselblad de 50 megapixels que é uma câmera de sonho, e posso fazer uma foto a cada 3 ou 4 segundos. Uma vez que é muito mais rápida, eu sou capaz de capturar o(s) momento(s) certo(s) sempre que eu derramar a tinta e começar a fotografar.

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5- Você tem materiais de sua preferência, ou cada paisagem faz você procurar uma solução visual diferente?

Eu tento inventar maneiras de fazer o trabalho usando a mesma técnica de água/aquário. No meu site, http://www.kimkeever.com, há guias para uma série Abstrata, série Pássaro, série Figura e, claro, uma série Paisagem. Eu acho que é mais interessante ter alguma versatilidade em seu trabalho e fazer disso mais um desafio para me reinventar .

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6- Depois de realizada a fotografia, você utiliza algum programa de pós produção de imagem para manipular as fotos?

Sim, eu faço truques básicos da câmara escura com Photoshop. Ou seja, eu vou clarear ou escurecer determinadas áreas, aumentar ou diminuir o contraste em determinadas áreas, etc. Eu raramente uso parte de uma imagem para adicionar a outra. Eu não quero ter uma aparência muito “Photoshopada”.

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7- Quando eu vi um trabalho seu pela primeira vez achei que era um cenário de “Game of Thrones”, suas paisagens lembram a atmosfera de filmes de aventura como “ The Lord of Rings”. Você procura essa identidade visual?

Eu definitivamente não procuro esse tipo de olhar. Estou tentando fazer uma ponte mais próxima da realidade do que isso. Eu amo as séries de filmes e vejo a maioria dos filmes de fantasia.

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8- Quando você produz suas fotografias, são sempre usados vários planos de superposição? Ou, as vezes, pode ser criada a fotografia usando apenas o interior do aquário?

A maior parte do tempo, com a utilização de um contentor, algo passa através de um material transparente na parte de trás do tanque. Existem várias séries onde existe um conjunto construído na frente do tanque e uma tabela com as montanhas ou algo parecido atrás do tanque. Nesse caso, o vidro de trás do tanque é limpo e assim você pode ver diretamente através do tanque .

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9- Qual a câmera que você escolheu para fotografar seus trabalhos?

Como eu disse, eu uso uma câmera digital Hasselblad .

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10- Quanto tempo leva entre o momento da criação até o click final da paisagem? Alguns trabalhos demoram muito mais do que outros? Por que?

Boa pergunta. Às vezes eu vou pensar em uma idéia durante vários anos antes de eu construir o modelo e começar a fotografar. Normalmente, leva uma ou duas semanas para construir o modelo, mergulhá-lo e começar a fotografar. Alguns projetos são apenas mais complicados e demoram mais tempo. Para a série Wildflowers, demorou vários anos apenas para recolher as pequenas plantas de plástico que eu usei.

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11- Você tem outras paixões além da fotografia? O que você gosta de fazer quando não está criando no seu estúdio?

Eu teria que dizer que os filmes são outra paixão para mim e eu adoro viajar quando posso.

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12- Você tem alguém que te ajuda na sua produção? Ou é um trabalho de criação solitário?

Sou feliz trabalhando sozinho, mas ocasionalmente eu tenho ajuda.

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13- É normal, às vezes, uma foto não acontecer como previsto e ter que começar tudo do zero?

Sempre que eu coloco um modelo no tanque, eu tento descobrir maneiras de fazer variações das imagens que recebo a partir da configuração. Quando eu posso, eu faço modelos de gesso que eu poss mover no tanque para conseguir o maior número de variações para escolher. É um pouco como mover objetos ao redor para pintar ou fotografar. Eu, muitas vezes, trabalho em um modelo ou série de modelos relacionados por até seis meses.

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14- O que mais te motiva como artista? Qual seu principal objetivo?

Eu teria que dizer que meu principal objetivo é ser apreciado pelo trabalho que faço e construir meu próprio caminho para os livros de história.

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15- No momento você está trabalhando em alguma série nova?

Eu sempre amei os pássaros e estou trabalhando atualmente em uma série de aves na paisagem. As aves são feitas de Sculpey pintado e colocadas no tanque de água.

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16- Você tem exposições marcadas para este ano?

Tenho várias mostras grupais com lançamento este mês aqui em Nova York. Os mais importantes são  a Waterhouse e Dodd Gallery .

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17- Você comercializa suas obras? Como se pode adquiri-las?

Obrigado por perguntar. Há várias galerias em meu site, http://www.kimkeever.com. Essa é provavelmente a melhor maneira de comprar uma peça. Para pequenos trabalhos, há várias imagens de Espaço de Arte, http://www.artspace.com/kim_keever.

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 Entre na galeria e veja mais trabalhos de Kim Keever:

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Paisagens fantásticas de Kim Keever

Posted in Curiosidades with tags , , on 12 d e junho d e 2013 by aidobonsai

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De tempos em tempos, acho alguma arte plástica ou fotográfica diferenciada que serve como inspiração para os meus trabalhos com Bonsai, Penjing ou Yose Ue (florestas).  

Link de entrevista exclusiva com Kim Keever para o meu blog: 

https://aidobonsai.com/2013/06/17/entrevista-com-o-fotografo-kim-keever/

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O Trabalho de Kim Keever agrega, em sua forma de expressão, pintura, desenho, escultura, maquete, recorte em papel, luz, fumaça, anilina, corantes em pó,  etc… Todos esses elementos são somados para produzir paisagens fantásticas, com um clima “Game of  Thrones”, “Senhor dos  Anéis”.

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Podemos observar na produção abaixo, como ele trabalha com 3 planos fotográficos diferentes.

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As fotografias em grande escala de Kim Keever são criadas por topografias meticulosamente construidas em miniatura em um tanque de 200 litros, que é então enchido com água.

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Estes dioramas de ambientes fictícios são criados com filtros de luz coloridos e dispersão de pigmentos, produzindo ambientes efêmeros que ele deve rapidamente capturar com sua câmera de grande formato.

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Abaixo podemos observar nos refletores várias gelatinas de cores diferentes, para criação de diferentes climas com superposições.

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As paisagens de Keever representam uma continuação da tradição da paisagem, bem como uma evolução do gênero.

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Fazendo referência a uma ampla história da pintura de paisagem, especialmente a influência do romantismo e da Escola do Rio Hudson, elas estão imbuídas de um sentimento do sublime.

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No entanto, elas também mostram um lado subversivo que, deliberadamente, reconhece a sua invenção contemporânea e artifício conceitual.

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O cenário de Keever é caracterizado por uma psicologia do tempo e da eternidade. A combinação do real e do imaginário documentam lugares totalmente imaginários.

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A qualidade simbólica ele alcança com o resultado de sua compreensão da dinâmica da paisagem, incluindo a manipulação de seus efeitos e os limites do espetáculo com base em nossas suposições sobre o que paisagem significa para nós.

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No entanto, ao invés de apresentar uma realidade factual, Keever fabrica uma ilusão que evoca o reino da nossa imaginação. Kim Keever vive em Nova York e exibiu extensivamente em galerias nos Estados Unidos e no exterior.

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Entre na galeria e veja mais paisagens de Kim Keever:

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100 Aquapaisagismos – O Penjing aquático

Posted in Aquapaisagismo, Curiosidades with tags , , , on 20 d e março d e 2013 by aidobonsai

Aqui para dar inspiração a aquapaisagistas e bonsaistas, uma galeria com 100 fotografias, de trabalhos que transmitem, paz e harmonia.

Entre na galeria e veja mais 90 trabalhos de aquapaisagismo:

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O Japão antigo pelos olhos de Farsari.

Posted in Curiosidades, Fotografia - Japão with tags , , on 12 d e março d e 2013 by aidobonsai

Na década de 1880, num momento em que a maioria dos europeus não teve acesso ao interior japonês, um fotógrafo italiano, Adolfo Farsari, conseguiu capturar muitas imagens do Japão Antigo. Estas fotografias mostram um Japão único, singular, com uma beleza artística e plástica incomparável. Estas imagens servem como um registro notável de um mundo há muito desaparecido .

Veja as fotografias, com a música que é o som ambiente do meu espaço há 22 anos. “Cantos Naturais”

O trabalho fotográfico de Farsari, especialmente seus retratos e paisagens coloridos à mão, foi muito reconhecido no país por dar uma aula de história sobre como era a vida do final de 1800 até o início de 1900. Suas fotografias formam a percepção externa de pessoas e lugares do Japão.

As imagens de Farsari nos dão uma visão valiosa dos hábitos, trajes e costumes da era vitoriana do Japão. Morando em Yokohama, Farsari fazia viagens de difícil acesso para chegar nas aldeias e vilarejos em montanhas onde ele fez muitas das suas fotografias. Ele começou sua carreira como militar e serviu por um tempo no Exército da União na Guerra Civil americana .Talvez essa próxima imagem de guerreiros japoneses reflita seu interesse na figura samurai e militar.

Não seria apenas por seus retratos que ele seria particularmente lembrado, mas suas fotografias de paisagens, que também são bastante notáveis , captam um mundo já perdido para nós.

Farsari sempre foi um fotógrafo mais comercial e suas composições foram projetados para ser vendidas na maior parte para os visitantes estrangeiros em viagens pelo Japão. Suas paisagens muitas nos fazem vezes imaginar o que poderíamos chamar de uma versão ligeiramente melhorada ou mesmo romantizada do Japão, mas foram muito conceituadas na época.

Com espírito libertário, Farsari se juntou à Guerra Civil americana e, como abolicionista fervoroso, suas fotografias refletem suas idéias de igualdade: as mulheres são retratadas muitas vezes como os homens e não em posições subservientes. Para muitas pessoas que nunca foram ao Japão, Farsari achava que suas imagens iriam ajudar a moldar suas idéias sobre o país, e até certo ponto também contribuir para retratar a forma com que os japoneses se consideravam.

Farsari não tinha as altas velocidades de obturador que estão disponíveis em qualquer câmera nos dias de hoje.  Ocasionalmente, algumas fotografias tinham um resultado um pouco turvo . Não podemos esquecer o quão difícil era capturar essas imagens com os personagens tendo que ficar imóveis por 4, 6 segundos, isso para que a fotografia não desfocasse.

Apesar de na época suas fotografias poderem ser compradas individualmente, Farsari percebeu que o dinheiro era para ser feito através do desenvolvimento do comércio de álbuns. Assim, o estúdio produziu as impressões sépia monocromáticas que eram, em seguida, coloridas à mão por artistas locais. As fotografias eram então montadas à mão em folhas de álbuns decorados. As folhas eram, em uma última etapa, ligadas a uma capa dura formada por duas placas de laca.

Farsari veio a falecer na Itália, em sua cidade natal, Vicenza, em 1908. Seu estúdio continuou no Japão, apesar de sua ausência. O gerente de seu estúdio, Tonokura Tsunetaro, assumiu o negócio. O estúdio tornou-se plenamente japonês em 1907 e os registros indicam que seguiu produzindo e criando álbuns até 1917. É incerta a data em que ele  acabou, mas a cidade de Yokohama, onde ele era sediado, foi atingida e destruída por um grande terremoto em 1923. No entanto, as fotografias de Farsari permanecem um testemunho de sua vida de trabalho, e ele será sempre conhecido como o homem que ajudou a perpetuar o Antigo Japão.

Entre e veja mais fotos de Farsari :

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100 Aquapaisagismos – O Penjing aquático

Posted in Aquapaisagismo, Curiosidades with tags , , , on 21 d e abril d e 2012 by aidobonsai

Aqui para dar inspiração a aquapaisagistas e bonsaistas, uma galeria com 100 fotografias, de trabalhos que transmitem, paz e harmonia.

Entre na galeria e veja mais 90 trabalhos de aquapaisagismo:

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Aquapaisagismo e Penjing

Posted in Aquapaisagismo, Curiosidades with tags , on 16 d e abril d e 2012 by aidobonsai

Há 3 meses atrás me deparei com duas fotos na internet que me chamaram a atenção. Em um primeiro momento, achei que se tratava de um Landscape Penjing, uma paisagem criada em uma bandeja. Mas, quando ampliei a fotografia, tratava-se de um trabalho em aquapaisagismo chamado Himalaia Dreams, do artista Adriano Montoro, que mora em São Paulo.

Durante 20 anos cuidei de  aquários de água salgada e doce com meu pai. Em 1980 meu pai chegou a ter 48 aquários montados com diversas espécies de peixes marinhos, e nossa preocupação estética sempre foi de reproduzir as formações de habitat original de cada oceano, usando os corais e peixes de cada país. Nos aquários de água doce o objetivo era a reprodução dos rios amazônicos.



Hoje não tenho mais nenhum aquário montado, não teria tempo, pois no aquariofilismo, assim como no bonsai, nunca se tem um só.

Até hoje tenho minha coleção de conchas e caramujos com peças de todo mundo, com um total de 18.000 conchas, sendo 2.000 de espécies diferentes.

Trombeta Australiana fotografada na praia de Itaipuaçu. Maior caramujo do mundo com 90cm de comprimento.

Pectem Murex da Poilinésia em primeiro plano.

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No aquapaisagismo deve-se dar importância ao fato que o seu aquário é para ser visto como um todo e não apenas uma planta ou um peixe. O objetivo maior é a variedade de plantas, pedras e substratos, reproduzindo uma paisagem, em que o peixe não é o elemento principal.

Aquário do aquapaisagista Truong Thinh Ngo do Vietnam que ficou em 9º lugar no IAPLC 2009

Aquário do aquapaisagista Cliff Hui que utlizou muito da profundidade para a sua formação.

Comecei a pesquisar sobre aquários plantados e seus artistas, e descobri que a montagem de dois ecosistemas em meios tão diferentes, água e ar, tem muito em comum para se conseguir o resultado visual desejando.

Artista:  Fabian Kussakawa – Foz do Iguaçu        Título:  Iguassu Falls

Aquapaisagismo e Penjing e seus pontos em comuns:

Espécies:

Existe a preocupação da escolha das plantas seguindo proporções e cores específicas.  No aquapaisagismo as plantas respondem a luminosidade e tem seu crescimento dependendo da sua profundidade e distância da tona do aquário. No Penjing temos que escolher as plantas que sobrevivam juntas às mesmas condições de sol, chuva e variações de solo.  Nas duas artes as diferenças de tamanho e cor ajudam a criar a profundidade. Nas duas artes PH e acidez tem que ser controlados.

Pedras e Rochas:

Nas duas artes a pedras são escolhidas pela sua forma, induzindo ao olhar. Montanhas, escarpas, platôs, desfiladeiros e pedras centenárias guardadas pelo tempo. As melhores pedras para o penjing são as que possuem ranhuras, buracos. Por isso as pedras vulcânicas são tão procuradas pelos chineses e japoneses. No aquapaisagismo as pedras não podem mudar a estrutura e equilibrio da água, pois os traços químicos mudam ph e alcalinidade. No penjing as rochas e pedras também mudam todos os traços do substrato onde a paisagem está plantada.

Artista: Gabriel Vasconcelos – Minas Gerais         Título: Katashi

A busca da profundidade:

Nas duas artes o conceito de profundidade está presente. O artista que cria a paisagem em aquário procura ordenar os elementos de maneira que o observador tenha vontade de caminhar pela paisagem; essa é uma das principais características do Penjing e do Yose Ue (Floresta). No aquapaisagismo o substrato tem que possuir uma altura maior na parte de trás do aquário para dar uma noção de profundidade 3d. É importante tentar criar uma profundidade com a posição das plantas aliado ao material de hardscape, por isso é importantíssimo observar a natureza para tentar recriar as noções em relação ao tamanho do seu aquário com o material disponível em mãos. Hardscape:  material para o layout do aquário vão desde a pedras, troncos, pedriscos e raizes. No meu penjing, “O caminho do templo”, também uso materiais (hardscape) para ajudar nas proporções e criar profundidade de campo. Este penjing foi criado usando 15 Eugenias sprenguelli, modeladas ao longo de 11 anos.

No trabalho abaixo o artista Miron Silva cria vários planos visuais. As pedras de tamanhos diferentes, colocadas de maneira precisa e as cores da vegetação, criam uma dinâmica visual incrível.

No meu Penjing, ” O caminho do Tori” , eu criei o caminho de pedras e o portal para ajudar na sensação de profundidade. Eu uso também pequenos arbustos e bromélias para valorizar pontos específicos da paisagem.

A triangulação do conjunto:

Na arte do bonsai e do penjing um dos conceitos de harmonia mais importantes é o da triangulação do conjunto e da árvore. São usados pedras e elementos principais em número ímpar e sempre triângulados. Poda e manutenção: exatamente como no penjing ou no Yose Ue, existe a poda de manutenção de todo o conjunto. Essa poda mantem as proporções desejadas de cada planta, em cada ponto escolhido do aquário.

Artista: Adriano Montoro – Quatá São Paulo   Título: Jurassic Jungle

Artista: Adriano Montoro – Quatá São Paulo   Título: Himalaia Dreams

Neste trabalho, “A montanha de Buda”, usei concreto celular para modelar a pedra de base. Foi usado Juniperus horizontalis, carmonas, bromélias e pequenas pedras naturais.

Galeria de aquapaisagismo:

Trabalhos de artistas brasileiros.

Artista: Adriano Montoro – Quatá São Paulo   Título: Grinch`s forest Artista: Miron Silva Araújo – Aracaju          Título: Wind Whisper Artista: Miron Silva Araújo – Aracaju          Título: Refreshing Wind Artista: Rafael de C. Gama        Título: Sagração da Primavera Artista: Caio Tulio Yui – Londrina      Título: The Man rock at the foundation  Artista:  Fabian Kussakawa – Foz do Iguaçu         Título:  Iguassu Falls Artista: Gabriel Vasconcelos – Minas Gerais         Título: Aqua Jaya Artista: Renato Kuroki – São Paulo       Título: Cristalino / A dream on the forest colors Artista: Renato Kuroki – São Paulo       Título: Igarapé / The refuge in the forest Artista: Renato Kuroki – São Paulo       Título: Ancient Forest Artista: Leandro Cesar Campos – Rio De janeiro      Título: Fez-se o vale Artista: Luidi Rafael  – Ponta Grossa      Título: Cores da Natureza Artista:  Luidi Rafael – Ponta Grossa        Título: Tanictis House Artista:  Luidi Rafael – Ponta Grossa       Título: GG Artista: Americo Guazzelli  – Londrina      Título:  Stone`s island

Artista: André Grassi – Curitiba        Título: Aquanature II

Artista: André Grassi – Curitiba       Título: Aquanature II

Para saber mais sobre aquapaisagismo, e detalhes técnicos de todos trabalhos apresentados aqui na matéria, entre no site:    http://www.natureaqua.com.br/ Quer saber como montar um aquário plantado?  Leia esta excelente matéria da Nature Aqua escrita por Americo Guazelli e Thiago Tyska http://www.natureaqua.com.br/?p=lerart&id=70

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Parque Nacional da Serra da Tiririca

Posted in Curiosidades, Fotografia - Galerias with tags , , , , , on 22 d e fevereiro d e 2012 by aidobonsai

Queria compartilhar aqui no blog uma galeria de fotografias do Recanto de Itaipuaçu, praia que pertence ao distrito de Maricá, no Rio de Janeiro.  Essas fotos foram tiradas por mim no ano passado. O mar quase sempre ressacado é uma característica desta praia de braço de oceano.

Itaipuaçu possui uma das maiores formações de ondas do Brasil; isso se deve ao fato da grande profundidade a poucos metros da arrebentação. A onda em Itaipuaçu cresce e quebra sua formação direto na areia – essa característica não a torna ideal para a prática do surf.

Sua areia branca, formada por pequenos grãos brancos, é única no mundo.  Essa formação fez com que a areia de Itaipuaçu, entre os anos de 1955 e 1980, fosse roubada à noite por caminhões para uso em jateamento e limpeza de cascos, âncoras e correntes de navios. A pureza da areia permitia o seu uso pelas empresas navais sem nenhum tipo de refinamento.

A praia de Itaipuaçu faz parte do parque Nacional da Serra da Tiririca.

O Parque da Serra da Tiririca (PEST) possui uma área de aproximadamente 2.400 hectares (24 quilômetros quadrados), e está localizada nos municípios de Niterói e Maricá, no Estado do Rio de Janeiro, o parque abrange as terras das Regiões Leste e Oceânica do município de Niterói e parte do bairro de Itaipuaçu, pertencente ao município de Maricá, o parque ainda inclui uma faixa marinha.

Antigamente a Serra da Tiririca era conhecida como Serra de Inoã ou de Maricá, como consta em relatos antigos. O atual nome está relacionado com a passagem de tropas de burros que atravessavam a Serra por um caminho cheio de plantas da família das Cyperaceaes chamadas popularmente de Tiriricas.

Batão árvore típica da Serra da Tiririca. Tenho o prazer de ter esta árvore fazendo sombra nos meus bonsais. Estou modelando um bonsai de Eugenia sprenguelli seguindo sua linda forma.

Pedra do Elefante “Alto Mourão”: A Pedra do Elefante ou Alto Mourão (412 m) é o ponto mais alto da Serra da Tiririca e de Niterói, de seu cume temos uma incrível visão de 360º. Olhando-se para oeste, vemos as montanhas do Rio, o Costão de Itacoatiara ou Morro do Tucum (217 m), o Morro das Andorinhas, toda a Região Oceânica de Niterói, suas lagoas e praias. Virando-se para o leste, vemos uma enorme praia que chega a sumir no horizonte, essa é a Praia de Itaipuaçu com quase 40 km de extensão.

Ao longo, as lagoas de Maricá, da Barra e de Guarapina. Bem à nossa frente, as Ilhas Maricás (as únicas ilhas neste extenso e perigoso litoral, do Rio até Cabo Frio). Ao norte, toda a Serra da Tiririca e a Serra dos Órgãos bem ao fundo. A trilha para alcançar seu cume possui 2.000 m de extensão e pode ser percorrido em 1h e 30min. Acesso: Mirante de Itaipuaçu.

Estudos realizados pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro identificaram 350 espécies vegetais nas imediações do Alto Mourão, a maior parte delas típica de Mata Atlântica.

Na região da Pedra de Itacoatiara e da Enseada do Bananal pode-se encontrar mata de restinga; e no topo do Morro do Elefante e em alguns trechos da Pedra de Itacoatiara, uma vegetação herbácea rupícola.

Em afloramentos rochosos e encostas íngremes, observa-se a presença de espécies cactáceas, sendo mais freqüentes Ripsalis sp. e Austrocephalocereus fluminensis, e entre as bromélias, a Vriesea regina, encontrada nos paredões e demais encostas desprovidas de vegetação arbórea e arbustiva.

Nessas áreas, verifica-se a predominância de palmáceas. Entre as espécies dos topos dos morros, destaca-se baba-de-boi ou jerivá. Em meio à mata regenerada são encontradas espécies remanescentes do ciclo econômico do café, com a presença de espécies quase desaparecidas da região, como palmito e figueira-da-terra ou caiapiá.

Agulha Guarischi “Pedra da Tartaruga”: Formação rochosa com aproximadamente 300 m de altitude, localizada no meio da Enseada do Bananal, de onde se tem a forma de uma tartaruga. Seu cume é o único que não pode ser acessado por caminhada, em virtude de sua grande inclinação.

Costão de Itacoatira.

Colo do alto Mourão.

Praia de Itacoatira e o morro das Andorinhas.

Costão em Itaipuaçu no recanto da Pedra do Elefante

Para saber mais entre no site oficial da Serra da Tiririca:

http://www.clubedosaventureiros.com/guia-de-trilhas/65-parque-estadual-da-serra-da-tiririca-rj/750-parque-estadual-da-serra-da-tiririca

Entre na galeria e veja mais 90 fotografias do Recanto de Itaipuaçu:

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